Trabalho para 29.10

Cultura e comunicação comunitária

O trabalho em grupos, a ser apresentado no dia 29.10, consiste em pesquisar sobre práticas de comunicação comunitária desenvolvidas em Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Relações Públicas (escolher uma delas) e apresentar em sala. Durante a exposição, deverão ser observadas as principais características deste tipo de comunicação, o público envolvido, o veículo de comunicação utilizado e os objetivos. Deve ser exposto, juntamente com a apresentação oral, um material visual (jornal, peça de campanha, livro, video, música, etc) que estiver relacionado ao exemplo escolhido. Os grupos deverão contar com a participação de, no máximo, três integrantes. As análises devem tomar por base os textos de cada área, conforme as referências abaixo. Os grupos podem, ainda, produzir material escrito para distribuição aos colegas.

- Relações Públicas: KUNSCH, Waldemar L.; KUNSCH, Margarida M. K. (org) Relações públicas comunitárias. A comunicação em uma perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus, 2007. (apenas a introdução). Leia aqui.

- Jornalismo: PAIVA, Raquel. Jornalismo comunitário: uma reinterpretação da mídia(pela construção de um jornalismo pragmático e não dogmático). Revista FAMECOS. Porto Alegre, n. 30, p. 62-70, ago/2006. Leia aqui.

- Publicidade: FONTES, Miguel. Marketing Social Revisitado - Novos paradigmas do mercado social. Florianópolis: Cidade Futura, 2001. (apenas capítulo 4 - Estratégias de Atuação no Mercado Social: O Marketing Social Revisitado). Na pasta da disciplina.

A apresentação será em 29.10.

Informações complementares na aula do dia 22.10 e pelo e-mail da disciplina (semcultcom@gmail.com).

Comunicação, cultura e meio ambiente

Aqui estão os materiais relacionados às duas aulas em que abordamos, a partir da discussão central da cultura, aspectos que envolvem comunicação e meiao ambiente. As final, a bibliografia utilizada.

1. O decrescimento sustentável é a tese do francês Serge Latouche para diminuir a devastação dos recursos naturais do planeta. Leia aqui.


2. The Story of Stuff (com legendas em Português)

Capítulo 1


Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7


3. Entrevista com Ignacy Sachs (criador do conceito de ecodesenvolvimento), TV Mercado Ético:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5

4. Bibliografia básica:
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. 3.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999. v.2. (A era da informação. Economia, sociedade e cultura).
GARCÍA CANCLINI, Néstor. Consumidores e Cidadãos. Conflitos multiculturais da globalização. 4.ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1999.
HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1996.
JAMESON, Frederic. As sementes do tempo. São Paulo: Ática, 1997.
LOPES, José Sérgio Leite. Sobre processos de “ambientalização” dos conflitos e sobre dilemas da participação. In: Horizontes Antropológicos. UFRGS. IFCH. Programa de Pós-graduação em Antropologia Social. Ano 12, n.25 (2006). Porto Alegre: PPGAS, 2006.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. São Paulo: Cortez, 1999.
SOARES, André Geraldo. A Natureza, a Cultura e Eu: Ambientalismo e Transformação Social. Blumenau: Edifurb; Itajaí: Editora da Univali, 2003.

Aula 7: 17.09.08

O texto base deste encontro é "Reflexões sobre a televisão e a falta de cultura no Brasil", da esquisadora Nara Magalhães, publicado pela revista Em Questão, da FABICO/UFRGS.
O texto pode ser acessado aqui.

Aula 5: 03/09/08

Tema: Relação entre cultura e comunicação

Leitura obrigatória: THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis: Vozes, 1995. (ver pasta disciplina).

Aula 4 – 27/08/08

Tema: Conceitos básicos sobre cultura (parte 3) - Erving Goffman (A representação do eu na vida cotidiana) e Clifford James Geertz (A interpretação da cultura).

Leitura obrigatória: GOFFMAN, Erving. A Representação do Eu na vida cotidiana. 9ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 1985. (p. 25-75)

Saiba mais sobre o autor aqui.

Aula 3 - 20.08.08

Tema: Conceitos básicos sobre cultura (parte 2)

* Leitura obrigatória: GOFFMAN, Erving. A Representação do Eu na vida cotidiana. 9ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 1985. (na pasta da disciplina)

Textos complementares a serem trabalhados:
- BERGER, Peter L., LUCKMANN, Thomas. A Construção Social da Realidade. 21ª ed. Petrópolis, Vozes, 1985.
- GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, LTC, 1989.

Aula 2 - 13.08.08

Tema central: Conceitos básicos sobre cultura

Leitura:
GARCIA CANCLINI, Nestor. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. - 2. ed. – Rio de Janeiro:Editora da UFRJ, 2007

Capítulo 1: A cultura extraviada nas suas definições (p. 35-53)

* Este texto será debatido em aula juntamente com textos de Martín-Barbero (A comunicação a partir da cultura) e Stuart Hall (A centralidade da cultura), a serem apresentados pelos professores.

Programa da Disciplina - 2008/2

Súmula
Abordagem interdisciplinar de questões teóricas vinculando a COMUNICAÇÃO a áreas de interesse relacionadas à CULTURA, em qualquer de suas dimensões e/ou especificidades. Discussão e análise dos usos da cultura na contemporaneidade.

Objetivos
Geral: Identificar interfaces da cultura e da comunicação visando a análise de práticas socioculturais e a participação da mídia nestes processos.
Específicos: Conhecer conceitos básicos sobre cultura provenientes das Humanidades. Verificar como estes conceitos são apropriados pelos estudos do Campo da Comunicação. Analisar códigos e regras estabelecidos através das práticas socioculturais e sua presença nos diferentes textos midiáticos.

Conteúdo programático
- Definições de conceitos básicos sobre cultura na Sociologia, na Antropologia, na Filosofia e na Psicologia Social;
- Os Usos da Cultura e a Comunicação;
- Análise de práticas socioculturais no universo da comunicação comunitária;
- A mídia e os processos socioculturais (Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas).

Metodologia
- Aulas expositivas e dialogadas;
- Leitura e discussão de textos;
- Apresentação de seminários;
- Debate com convidados;
- Trabalhos teóricos e práticos a partir de diversos objetos.

Critérios de avaliação
1. Trabalhos em pequenos grupos
- Apresentação de seminário: 40%

2. Trabalhos individuais
- Interesse e participação: 20%
- Elaboração de texto dissertativo: 40%

Bibliografia básica
HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. In: Educação & Realidade. Open University: V. 22, n. 2, 1997.

THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis: Vozes, 1995.

GARCIA CANCLINI, Nestor. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. - 2. ed. – Rio de Janeiro:Editora da UFRJ, 2007.

PAIVA, Raquel (org.). O retorno da comunidade: os novos caminhos do social. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.

Bibliografia complementar
BAUMAN, Zygmunt. Tempos líquidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007.
BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007.
BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008.
BELTRÁN, Luiz Ramiro. Adeus a Aristóteles: comunicação horizontal. In: Comunicação Alternativa Cultura Popular. Comunicação & Sociedade, São Paulo, n. 6, p. 5-35, set. 1981.
BERGER, Peter L., LUCKMANN, Thomas. A Construção Social da Realidade. 21ª ed. Petrópolis, Vozes, 1985.
BERLO, David K. O processo da comunicação: introdução à teoria e à prática. Tradução Jorge Arnaldo Fontes. 7ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
BOURDIEU, Pierre. Pierre Bourdieu e o campo da comunicação – por uma teoria da comunicação praxiológica. Luciano Miranda. Porto Alegre: Edipucrs, 2005.
BOURDIEU, Pierre; EAGLETON, Terry. A doxa e a vida cotidiana: uma entrevista. In: ZIZEK, Slavoj. Um mapa da ideologia. (org.). Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
DORNELLES, Beatriz. Características do jornalismo impresso local e suas interfaces com jornais comunitários. Comunicação: Veredas, São Paulo, n. 6, nov. 2007.
GARCIA CANCLINI, Nestor. Diferentes, desiguais e desconectados: mapas da interculturalidade. - 2. ed. – Rio de Janeiro:Editora da UFRJ, 2007.
GARCIA CANCLINI, Nestor. Consumidores e Cidadãos; conflitos multiculturais da globalização. Tradução: Maurício Santana Dias. 5 ed. Rio de Janeiro: UFRGJ, 2005.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, LTC, 1989.
GOFFMAN, Erving. A Representação do Eu na vida cotidiana. 9ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 1985.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A, 1999.
HARVEY, David. Condição Pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1996.
JAMESON, Frederic. Pós-modernismo: A lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática, 1997a.
IANNI, Octavio. A era do globalismo. 4 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999. Globalização e diversidade (9-32).
KUNSCH, Waldemar L.; KUNSCH, Margarida M. K. (org) Relações públicas comunitárias. A comunicação em uma perspectiva dialógica e transformadora. São Paulo: Summus, 2007.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Tradução Ronald Polito e Sérgio Alcides. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2003.
ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
PAIVA, Raquel. O espírito comum: comunidade, mídia e globalismo. 2ª ed. Rio de Janeiro: Mauad X, 2003.
PAIVA, Raquel. Jornalismo comunitário: uma reinterpretação da mídia. Revista Famecos, Porto Alegre, n. 30, p. 62-70, ago. 2006.
PORTILHO, Fátima. Sustentabilidade ambiental, consumo e cidadania. São Paulo: Cortez, 2005.
PERUZZO, Cicilia Maria Krohling.. Direito à comunicação comunitária, participação popular e cidadania. In: MELO, José Marques; et al (org). Sociedade do Conhecimento – Aportes latino-americanos. São Bernardo do Campo: UMESP: Cátedra Unesco para o desenvolvimento regional, 2005.
SANTAELLA, Lúcia. Culturas e Artes do Pós-humano. Da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003. (51-60).
SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 5. ed. – São Paulo: Cortez, 1999.
SERPA, Ângelo. O espaço público na cidade contemporânea. São Paulo: Contexto, 2007.
SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a mídia? São Paulo: Edições Loyola, 1999.
THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Petrópolis: Vozes, 1998.

Seminários Finais 2008/1

11.06.08
1) HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. In: Educação & Realidade. Open University: V. 22, n. 2, 1997.
Aluno: Pedro Schmidt

2) YÚDICE, George. A globalização da América Latina – Miami. In: ____. A conveniência da cultura: usos da cultura na era global. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004. (pág. 261 a 289)
Alunos: Athos Braga de Aguiar, Marcela Campanha e Nicole Cardoso

18.06.08
1) HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro, DP&A, 1999.
Aluno: Eduardo da Silveira

2) ORTIZ, Renato. Uma cultura internacional–popular. In: ____. Mundialização e Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994. (pág. 105 a 145)
Alunos: Carolina Gomes e Silas Santos

25.06.08
1) MORAES, Denis de. Sociedade midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.
Escolher uma das duas partes: (1) Cultura Tecnológica e Midiatização (pág. 17 a 149) e (2) Sociedade em rede e mutações comunicacionais (pág. 155 a 233).
Alunos: Diego Pintado e Gustavo Bastian

2) BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007.
Alunos: Simone Ferreira e Guilherme Araújo

Aula 13 - Cultura e o campo da Comunicação

Cultura e o campo da Comunicação: usos e relações no Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas.
Vídeo "Dos meios de comunicação de massa às gerações públicas generalizadas" com Mauro Wilton de Souza e Eugênio Bucci.

Aula 12 - O pós-moderno invade a escola

No dia 21 de maio o Seminário Cultura e Comunicação recebe sua segunda convidada. A professora Mariângela Momo (Ulbra) falará sobre a pesquisa Quando o pós-moderno invade a escola: um estudo sobre novos artefatos, identidades e práticas culturais, coordenada pela professora Marisa Vorraber Costa (UFRGS).
Mariângela Momo é pedagoga, doutora em Educação pela UFRGS. Sua tese, defendida em 2007 na linha de pesquisa Estudos Culturais em Educação, tem como título Mídia e consumo na produção de uma infância pós-moderna que vai à escola. Essa pesquisa toma a infância enquanto constituição cultural e pretende mostrar como os sujeitos infantis (crianças) que freqüentam algumas escolas públicas do município de Porto Alegre são fabricados, produzidos e (con)formados pela mídia e pelo consumo nas condições culturais da contemporaneidade.
Outras informações aqui.

Persépolis no Santander Cultural

Persépolis, de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud
Uma garota sonha em se tornar uma profetisa para salvar o mundo. Mas, quando o novo regime no Irã a obriga a usar véu, ela decide se tornar uma revolucionária.

No Santander Cultural, de Porto Alegre, de 2 a 8 de maio
Sessões: 15h, 17h e 19h.

França-Estados Unidos, 2007, 35 mm, pb-cor, 95 min - exibições em DVD, legendas em português
Roteiro: Marjane Satrapi, Vincent Paronnaud, baseado na novela gráfica de Marjane Satrapi.
Direção de Arte: Marisa Musy.
Música: Olivier Bernet.
Montagem: Stéphane Roche.
Animação: Damien Barrau, Pascal Chevet.
Vozes: Chiara Mastroianni, Catherine Deneuve, Danielle Darrieux, Simon Abkarian, Gabrielle Lopes, Tilly Mandelbrot.
Cannes 2007: Prêmio do júri.
César 2007: Melhor filme de estréia + roteiro adaptado.
Mostra de São Paulo 2007: Melhor filme estrangeiro (público).
Vancouver 2007 + Rotterdam 2008: Melhor filme (público).
NY Film Critics 2007 + LA Film Critics 2007: Melhor animação.

Quarta-feira, 7 maio, Sessão Comentada* - 15h
* após a exibição, conversa no Moeda Bar e Restaurante
Convidada: Ivonete Pinto - jornalista; doutora em Ciências da Comunicação (ECA-USP); professora Curso de Graduação Tecnológica em Produção Audiovisual/Cinema da ULBRA; co-editora da revista Teorema - Crítica de cinema; publicou os livros Samovar nos trópicos (2003) e Descobrindo o Irã (1999).

Aula 9 - Práticas socioculturais, comunicação e cultura popular

Grupos apresentarão as impressões de leitura sobre os dois textos indicados:

1. Néstor García Canclini - Introdução de Consumidores e Cidadãos (p.13 -47)
Alunos: Diego, Eduardo, Gustavo

2. Ângelo Serpa - Capítulo Cultura e Participação Popular (p.139-150)
Alunos: Silas (1), Nicole, Marcela e Athos (2)

As apresentações das leituras são a primeira parte das atividades a serem avaliadas como "participação" no Seminário Cultura e Comunicação (20% do conceito). A segunda parte serão os seminários da etapa final da cadeira, em junho (40% do conceito). Ambas serão somadas aos resultados da avaliação dissertativa (40% do conceito).

Aula 7 - Documentário Favela Rising

Favela Rising, dos cineastas Jeff Zimbalist e Matt Mochary, conta a trajetória da banda carioca AfroReggae. Rodado no Rio de Janeiro, conta a história de um homem e um movimento, uma cidade fortemente dividida e a proposta de unir sua comunidade. Assombrada pelos assassinos de sua família e colegas, o longa acompanha a trajetória de Anderson Sá, um ex-traficante de drogas que promove uma revolução social na favela do Vigário Geral.

O AfroReggae, movimento cultural fundado por Sá e seu colega José Junior, tem objetivo de conectar as pessoas através da música e da dança, combina sons de hip-hop, ritmos de rua e tendências afro-brasileiras. A partir da formação do grupo, Sá mobiliza a sociedade a agir contra a opressão violenta das organizações de jovens traficantes, cada vez mais sustentada pela polícia corrupta.

Zimbalist e Mochary passaram dois anos viajando pelo Brasil e, em contato direto com a favela, acompanharam e registraram o crescimento do AfroReggae. Após ganhar a confiança e a amizade do expressivo e profético Anderson Sá, tiveram fácil acesso para conhecer e filmar o dia-a-dia no morro. As crianças da favela aprenderam a manusear câmeras de vídeo digital, o que permitiu documentar de forma verossímil suas vidas. Muitas das notáveis seqüências do filme foram capturadas pelos próprios jovens. O resultado é uma opressiva história sobre a habilidade do homem em superar a violência, a fome e a miséria.

Site Oficial

Trailler

Leituras para a primeira avaliação

Esta é a listagem dos quatro textos de leitura obrigatória para a avaliação dissertativa individual do dia 09 de abril. Os textos poderão ser consultados.

BERGER, Peter L., LUCKMANN, Thomas. A Construção Social da Realidade. 21ª ed. Petrópolis, Vozes, 1985. (p. 35-68)

GOFFMAN, Erving. A Representação do Eu na vida cotidiana. 9ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 1985. (p. 25-75)

SANTAELLA, Lúcia. Culturas e Artes do Pós-humano. Da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003. (p. 51-60)

THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis: Vozes, 1995. (p. 219-228)

*Os demais textos trabalhados em aula, como, por exemplo, o artigo "Reflexões sobre a televisão e a "falta de cultura" no Brasil", de Nara Magalhães (link no post abaixo), poderão ser citados e debatidos no texto.

Debate: Cultura e Comunicação

O Seminário Cultura e Comunicação recebe sua primeira convidada. A pesquisadora Nara Magalhães, Pós-doutoranda, associada ao Núcleo de Antropologia e Cidadania do PPGAS/UFRGS, debaterá temas relacionados às suas abordagens, discutindo as visões das Ciências Sociais sobre as pesquisas que envolvem produtos e meios de comunicação.

O texto base deste encontro é "Reflexões sobre a televisão e a falta de cultura no Brasil", publicado pela revista Em Questão, da FABICO/UFRGS. O texto pode ser acessado aqui.

A Representação do Eu na Vida Cotidiana de Erving Goffmann

Erving Goffmann (1922 - 1982) foi sociólogo e escritor canadense. Estudou na Universidade de Toronto e Chicago. Observou a interação social no dia-a-da, especialmente em lugares públicos, principalmente no seu livro A Representação do Eu na Vida Cotidiana. Para Goffman, o desempenho dos papeis sociais tem a ver com o modo como cada indivíduo concebe a sua imagem e a pretende manter. Estudou também com especial atenção o que chamava de "instituições totais", lugares onde o indivíduo era isolado da sociedade, tendo todas as suas atividades concentradas e normalizadas.

Na primeira parte deste livro (aula 3), o autor apresenta a representação como uma atividade do sujeito que passa caracterizado por um conjunto de observadores, exercendo alguma influência, e que cada indivíduo desempenha um papel e solicita a seus observadores que levem a sério a impressão sustentada por ele.

Nesse caso, a impressão que o indivíduo acredita estar passando da realidade torna-se uma representação que pode ser: a) sincera: o sujeito acredita na impressão criada por sua representação; b) cínico: o sujeito não acredita em sua representação, mas a aceita como um bem para si ou para a comunidade.
Nessas relações, existe a construção do caráter da pessoa (máscara).

Características da representação: atividade orientada para o trabalho tende a converter-se em atividade orientada para a comunicação. O autocontrole é exercido por um consenso constante.
= COAÇÕES DA INTERAÇÃO.

A configuração cultural produz meios convenientes de conduta, através de valores, práticas e relações.

A Construção Social da Realidade em Peter Berger e Thomas Luckmann

Peter L. Berger é professor de Sociologia na Rutgers University de New Brunswick (N.J.). É autor do livro Perspectivas Sociológicas (Vozes, 1972), Um Rumor de Anjos (Vozes, 1973) e de vários outros.

Thomas Luckmann é catedrático de Sociologia na Universidade de Frankfurt. Escreveu Das Poblem der Religion in der modernen Gesellschaft e, juntamente com Alfred Shultz, Strukturen der Lebenswelt.

Em A Construção Social da Realidade, os autores abordam, numa perspectiva humanística e com grande poder de síntese, o tema que - a partir de Max Scheler e Karl Mannheim - se designa por sociologia do conhecimento. É uma subdisciplina sociológica que tem vindo a assumir importância cada vez maior no campo das ciências sociais. Após uma introdução de caráter geral, os autores desenvolvem em 3 capítulos os alicerces do conhecimento da vida quotidiana (A realidade - A interação - A linguagem e conhecimento na vida quotidiana), a sociedade como realidade objetiva (Institucionalização - Legitimação) e a sociedade como realidade subjetiva (A interiorização da realidade - A interiorização e a estrutura social - Teorias sobre a identidade - Organismo e identidade). Na conclusão os autores põem em confronto as implicações geradas entre a sociologia do conhecimento e a teoria sociológica.

No capítulo 1 (aula 3), os autores apresentam a realidade da vida cotidiana como objetivada e subjetivada, aqui e agora, como uma interação, como um conhecimento do senso comum, repleta de significações, como uma transição e ao mesmo tempo natural.

Nas interações do cotidiano, a face a face é a que representa a objetivação, através da expressão e da linguagem - uma forma de participar, de se localizar e de gerar identidade.

A Sociologia da Cultura de Raymond Willians

Nascido em Pandy (1921-1988), uma comunidade rural localizada na fronteira do País de Gales com a Inglaterra, Raymond Williams foi contemplado com uma bolsa de estudos em Cambridge e, junto com outros autores importantes da Inglaterra, fundou a New Left, formada por intelectuais que procuraram entender a crise da esquerda no século XX. Nesse grupo, Williams trabalhou, particularmente, no campo da educação e desenvolveu estudos na área da cultura. Na prática, seu trabalho educacional relacionava-se a um projeto de instrução universitária para adultos.

Williams operou suas reflexões tomando como referência a classe trabalhadora concreta, cooptada pelo consumo fácil de mercadorias para as “massas”. Ele tentou entender o capitalismo em movimento e traçar uma reflexão pautada em um marxismo também em movimento. Ele tenta refazer o caminho da teoria marxista, colocando no centro do debate uma crítica da cultura.

No texto Sociologia da Cultura (aula 3), o autor apresenta uma breve explicação sobre o conceito de sociologia da cultura como o estudo das práticas e produções culturais, a partir da análise social de instituições e formações especificamente culturais e o estudo das relações concretas entre estas e os meios materiais de produção cultural, além das formas culturais concretas (Estudos Culturais).

Estudos de interesse: instituições, conteúdo e efeitos.

A tradição alternativa: estudo das condições sociais, elementos sociais e relações sociais da obra de arte, formas e ideologia.

A Sociologia da Cultura preocupa-se com: os processos sociais de toda produção cultural; as instituições e as formações da produção cultural; as relações sociais de seus meios específicos de produção; os modos pelos quais, dentro da vida social, a cultura e a produção cultural são identificadas e discriminadas; determinadas formas artísticas; os processos de reprodução social e cultural; e problemas gerais e específicos da organização cultural.

A interpretação de produtos culturais

Indicamos abaixo uma leitura complementar ao texto "A interpretação das culturas - Clifford Geertz", trabalhado em aula no dia 19.03.

A interpretação de produtos culturais
Contributos de uma abordagem etnometodológica aos estudos da comunicação

Francisca Ester Sá Marques
Universidade Federal do Maranhão

Acesse o texto aqui.